História
25 Novembro de 1975 Nasce a CAP "Confederação dos Agricultores de Portugal".
1 MAIO 1974
Fundação, em Beja, da ALA "Associação Livre de Agricultores". Logo a seguir, o movimento alastra a Portalegre, Évora, Torres Vedras e Santarém.
21 MAIO 1974
A ALA estabelece o esboço de um programa para a reestruturação agrícola e uma repartição mais justa da terra.
11 MARÇO 1975
A ALA é considerada uma "Associação de Malfeitores", sendo a sua existência proibida pelo Ministro da Agricultura, Oliveira Baptista.
ABR a NOV 1975
Realizam-se no Norte e no Centro do País (mas, mais particularmente, na área de Santarém) reuniões clandestinas de Agricultores. A face mais visível, é a do Eng. José Manuel Casqueiro. Outros se destacam também: Professor Rosado Fernandes, Eng. Lino, Eng. Gonçalves Ferreira e Eng. Tomás Correia. A tribuna possível, tantas vezes inventada
13 JULHO 1975
Os Agricultores da zona de Rio Maior, opõem-se à ocupação do Grémio "Grémio da Lavoura" local, levada a cabo pela designada "Liga de Pequenos e Médios Agricultores" abertamente conotada com o PCP. É dessa data a célebre "Moca de Rio Maior".
MAIO a AGO 1975
Multiplicam-se os assaltos, roubos e ocupações de herdades, por todo o Alentejo e também no Ribatejo. É a Reforma Agrária "gonçalvista" e o "Verão Quente de 75".
6 NOVEMBRO 1975
Em Santarém, uma das mais importantes manifestações pacíficas de Agricultores transformou-se na tristemente célebre "Tarde Trágica de Santarém", quando uma violenta contramanifestação, liderada pelos Sindicatos e pelos Centros de Reforma Agrária em sintonia com o PCP, provoca a morte do jovem Agricultor Francisco Teixeira e de um Trabalhador Rural, e ainda cerca de duas dezenas de feridos.
25 NOVEMBRO 1975
Nasce a CAP "Confederação dos Agricultores de Portugal".
14 DEZEMBRO 1975
Contra as forças extremistas que tudo faziam para impedir a reposição da legalidade, a CAP promove um novo plenário em Rio Maior, onde se decide dar ao Governo um prazo para que os agricultores vissem resolvidas as reivindicações que consideravam justas. Entre elas estava a Lei da Reforma Agrária que se pretendia fosse discutida pelos partidos políticos, associações de agricultores e de trabalhadores rurais e promulgada pela Assembleia Legislativa. Primeira Conferência de Imprensa da direção
6 JANEIRO 1976
Neste dia os jornais noticiavam profundas alterações na Reforma Agrária como resultado de um acordo firmado entre o PS e o PCP. O ministro afirmava que dentro do acordo estava contemplada a concessão do direito de reserva; a criação de um limite mínimo "de área abaixo do qual, em quaisquer circunstâncias e qualquer que fosse a pontuação", não haveria expropriações.
11 JANEIRO 1976
Grande comício de Braga. Com a presença de mais de cem mil agricultores, a palavra de ordem desse dia foi: "não recuar um passo" nas reivindicações que tinham sido apresentadas em Rio Maior. Uma multidão entusiasta gritou palavras de ordem contra Lopes Cardoso, ameaçando o corte de abastecimento de produtos agrícolas a Lisboa. Nessa altura já se adivinhava o peso da CAP no sector agrícola português.
22 JANEIRO 1976
Neste dia, a CAP foi, finalmente, constituída por escritura pública, lavrada no Cartório Notarial da Vila de Rio Maior. Curiosamente, no ano da legalização da CAP, comemorava-se a efeméride da publicação, em 1376, da Lei das Sesmarias, que se ficou a dever ao desejo de D. Fernando em intervir de forma a atenuar algumas das mais graves consequências da crise do século XIV.
30 JANEIRO 1976
O primeiro-ministro recebe em São Bento os representantes da CAP, a pedido destes, para que o Governo fosse confrontado com o descontentamento que se sentia por todo o país com a Lei da Reforma Agrária e para evitar que se consumassem as ameaças dos agricultores, feitas no plenário de Braga.
1 FEVEREIRO 1976
Durante este mês vão acontecer muitas iniciativas da CAP e que levaram à aprovação de uma moção comum em que se reiterava a confiança em Pinheiro de Azevedo contrapondo ao voto de desconfiança em Lopes Cardoso.
3 MARÇO 1976
A CAP reúne em Rio Maior, todos os seus delegados no país. É decidido não serem encetadas novas formas de luta visto o Governo estar a mostrar disposição de atender a parte das reivindicações apresentadas. Dias mais tarde, a CAP participa num debate televisivo, o primeiro, sobre os problemas da Reforma Agrária.
31 MARÇO 1976
É dada uma importante conferência de imprensa com inúmeros assistentes. Em causa estava a entrega de terras aos seareiros e rendeiros de Coruche e a todos os pequenos agricultores do Alentejo, que já se encontravam numa grave situação económica.
1 ABRIL 1974
O início do mês de abril ficou marcado por alguns confrontos entre membros da CAP e trabalhadores rurais. Muitos dos motivos desses confrontos eram simplesmente reuniões para apresentação de estatutos a nível distrital. Neste dia foi publicado o primeiro número do "Jornal dos Agricultores". Tendo como diretor o eng.º José Manuel Casqueiro, o primeiro número saiu para as bancas como suplemento do jornal regional de Rio Maior "O Zé".
27 MAIO 1976
Depois das presidenciais que deram a vitória ao general Ramalho Eanes, candidatura que a CAP apoiou, é emitido um comunicado pela Confederação no qual se mostra disposta a lutar contra todas as forças totalitárias que queiram dominar a agricultura.
24 NOVEMBRO 1976
A CAP celebra o seu primeiro aniversário e deixa claro aos órgãos de comunicação social que a única solução para a Reforma Agrária será "apresentar o próprio Governo uma proposta da sua Reforma Agrária". Isto já depois da demissão do ministro da Agricultura Lopes Cardoso, aos quais se seguiu António Barreto.
1977
Este novo ano traria esperança na reparação das injustiças que nos últimos dois anos se tinham praticado. As posições do novo ministro deixavam ganhar novas perspetivas. O protagonismo comunista no Alentejo diminuía. Apesar do otimismo verificou-se nesse início de ano uma baixa acentuada na produção agrícola
15 a 17 ABRIL 1977
Por estes dias realizou-se o I Encontro Internacional de Agricultores. Uma iniciativa da CAP que teve lugar em Viseu. Estiveram presentes associações e confederações de agricultores de muitos países europeus, alguns deles ainda a caminho da CEE, tal como nós. O encontro marcaria uma nova época na agricultura do país. Alguns títulos da imprensa destacavam nos dias seguintes: "Agricultores em Viseu optam pela integração na Europa". Estávamos na época das negociações para a nossa entrada na então CEE.
JUNHO 1977
Numa reunião em Rio Maior, com a presença de muitas associações de agricultores, é proposta a alteração dos Estatutos da CAP, de entre as quais se destaca a criação de um Conselho como órgão consultivo da direção, que passaria a ter também a figura de um secretário-geral.
29 JUNHO 1977
A CAP é admitida como membro da Federação Internacional dos Produtores Agrícolas (FIPA), durante a 22ª Assembleia Geral realizada em Helsínquia. Cresce assim a importância da Confederação no contexto europeu e mundial.
JULHO 1977
Perante a 'nova' Lei da Reforma Agrário, elaborada por Álvaro Barreto, a CAP publica um extenso texto no qual destaca os principais pontos que considera estarem errados na lei. "A atual proposta de lei visa a coletivização sem respeitar o direito da propriedade privada e impede o aparecimento de novos agricultores proprietários na zona de intervenção", escrevia-se então em comunicado.
OUTUBRO 1977
Com o aproximar da data do segundo aniversário da CAP a confederação é finalmente reconhecida como parceiro social.
1978
Este ano começaria com graves problemas na agropecuária pela falta de rações para animais. Em plenário promovido pela CAP, os agricultores pedem a intervenção do Presidente da República.
30 a 31 MARÇO 1978
O Comité Diretor da Confederação Europeia de Agricultura reúne em Lisboa, com a presença de muitas personalidades de renome internacional. Na sequência da reunião o então primeiro-ministro Mário Soares afirmaria aos dirigentes da CEA que não seriam feitas mais expropriações de terras e que a Lei de Bases da Reforma Agrária, depois de regulamentada, teria imediata aplicação.
30 ABRIL 1978
Realizou-se um plenário em Santarém com mais de vinte mil agricultores, no qual foi aprovada, por unanimidade, uma moção onde se reivindicava que fossem tornados públicos os resultados obtidos pelas explorações agrícolas coletivas na zona da Reforma Agrária e as suas dívidas ao Estado, a devolução das terras não abrangidas pela lei da Reforma Agrária e a entrega das reservas, entre outras reivindicações.
1978
Desde abril e até final do ano vão-se sucedendo os plenários sob a organização da CAP e, em paralelo, vão acontecendo as remodelações governamentais de iniciativa presidencial. Este ano chega ao fim e a vida dos agricultores continua difícil, mas havia a esperança que 1979 trouxesse um diálogo mais frutuoso com os governantes.
JANEIRO 1979
Logo no início do novo ano realizava-se, na Fundação Calouste Gulbenkian, o I Congresso das Atividades Económicas, promovido por três entidades representantes da iniciativa privada em Portugal: a CAP, a CIP e a CCP. Das conclusões podia ler-se: "Os três sectores privados - agricultura, comércio e industria - mostraram o seu jogo: vontade, criatividade, solidariedade, com o objetivo único de salvar a tão degradada economia nacional (...) A iniciativa privada declarou-se solidária com a vontade expressa pelos órgãos de soberania no rumo à Europa desenvolvida".
MARÇO 1979
O Plano e Orçamento Geral do Estado, apresentado pelo Governo de Mota Pinto é rejeitado na Assembleia da República. A CAP, prevendo os reflexos negativos que essa situação traria para a vida nacional, toma posição pública e emite um comunicado em que defende: "Os problemas da agricultura vêem a sua resolução adiada e aos prejuízos de um péssimo ano agrícola virá juntar-se uma nova inundação de indecisões e violência e a manutenção do domínio feudal do PC sobre a gente do Alentejo".
1979
Neste último ano da década de 70 e passados então cinco anos desde a revolução de 25 de Abril de 74, o povo português sentia-se frustrado e o descontentamento era generalizado. Um descontentamento que seria capitalizado pela AD que obteria depois maioria absoluta na Assembleia da República.
3 JANEIRO 1980
Neste dia tomou posse o VI Governo Constitucional, sendo chefiado por Francisco Sá Carneiro e que teve como seu ministro da Agricultura Cardoso e Cunha. Foi também neste ano que a CAP viu reconhecida a luta travada durante todos os anos anteriores. A então AD conseguiu eleger quatro deputados nos três círculos do Alentejo, até então uma 'muralha' comunista. Um dos deputados eleitos é José Manuel Casqueiro, então secretário-geral da CAP.
22 a 23 MARÇO 1980
A CAP realiza em Barcelos a sua Assembleia de Delegados que contou com o apoio de mais de dez mil agricultores vindos de todo o país. No plenário, considerado até essa data o maior que já havia sido realizado em terras do Norte, os agricultores mostrariam total apoio ao Governo de Sá Carneiro. Nos meses seguintes esse apoio ficaria também demonstrado a cada plenário de agricultores que se seguiu.
24 ABRIL 1980
Uma notícia publicada no 'Jornal do Agricultor' dava já uma ideia de que algo estava a mudar e que os agricultores poderiam encarar o futuro com alguma esperança. No jornal podia ler-se: "(...) serão mais de cem pessoas que vivem da terra e para a terra e que se tornarão dela legítimos proprietários. 'A terra a quem a trabalha' é uma realidade que se repete na política agrícola seguida pelo Governo AD e não um mero slogan politiqueiro e eleitoralista.
OUTUBRO 1980
Já perto do final do primeiro ano da década de 80, deslocavam-se a Lisboa os mais altos responsáveis da CEA – Confederação Europeia de Agricultura – o seu presidente e o secretário-geral, respetivamente Michel Souplet e Maurice Collaud. Em Lisboa tiveram a oportunidade de debater os problemas decorrentes da entrada de Portugal na CEE, então em fase de negociações.
OUTUBRO 1980
Nos primeiros dias deste mês um acontecimento trágico lançaria o luto sobre o país. O primeiro-ministro, Sá Carneiro, morre num acidente de aviação em Camarate. A CAP aliou-se ao pesar e dedicou o seu editorial no 'Jornal do Agricultor' a esse trágico desaparecimento.
7 a 8 MARÇO 1981
A eleição de novos corpos diretivos da Confederação motiva a realização de mais uma assembleia de delegados, em fevereiro. Os tempos anteriores não tinham sido pacíficos dentro da CAP. Diferenças de opinião e posições mais radicais levaram a que José Manuel Casqueiro pedisse a sua demissão. Uma Comissão de Gestão iria prosseguir os trabalhos da CAP até à assembleia de março. Esta passagem mais conturbada da vida da Confederação viria a ser ultrapassada numa assembleia realizada em Lisboa a 5 de abril desse mesmo ano.
1991
O ano do 15º aniversário da CAP. No dia 25 de novembro milhares de agricultores juntaram-se em Rio Maior para celebrar a data. Relembraram-se tempos de outras lutas travadas, pois a partir de agora a luta seria pela integração da agricultura portuguesa na Europa. É precisamente neste ano que se dá início à segunda fase da integração da Comunidade Europeia.
7 a 11 OUTUBRO 1991
Durante estes dias decorreu, na Póvoa do Varzim, um encontro de agricultores patrocinado pela CEA e com o apoio da CAP. Estiveram no nosso País os mais altos representantes da Comunidade Europeia. O destaque do encontro foi a manutenção do interesse pelo sector agrícola, isto numa altura em que, nomeadamente na Europa, se verificava já um decréscimo na população ativa que tinha como principal ocupação laboral a agricultura. Mas também se começava já a falar no equilíbrio ecológico do planeta e no papel fundamental que a atividade agrícola poderia desempenhar.
15 a 16 DEZEMBRO 1991
Por estes dias realizou-se em Tróia o I Seminário Sobre Novas Tecnologias Aplicadas à Agricultura. Ao longo de dois dias, os responsáveis, nacionais e internacionais, por projetos de informatização agrícola, apresentaram as características e defeitos dos seus sistemas. Concluía-se então que a reforma da PAC traria para o agricultor português novos desafios que obrigavam a profundas alterações de mentalidade.
1992
À medida que a velocidade de integração na Comunidade Europeia ia acelerando, os problemas que dela derivavam suscitaram a necessidade de se prepararem sessões de esclarecimento a ter lugar em vários pontos por todo o país. Eram sessões de esclarecimento que não tinham o objetivo de contestar ou reivindicar, mas sim formar e informar os agricultores sobre as regras comunitárias e as perspetivas da Política Agrícola Comum (PAC).
12 a 13 JUNHO 1992
Realizou-se nesta data o III Congresso da Agricultura, que teve lugar no recinto da Feira Nacional de Santarém - enquanto decorria a XXIX Feira Nacional da Agricultura. O Congresso esteve subordinado ao tema: 'A Agricultura Portuguesa - Que Futuro?'. Nas conclusões de mais este conclave saiu o reconhecimento da necessidade de se proceder à reforma da PAC, para que os países mais ricos não continuassem a gerar excedentes e que existiam alguns aspetos positivos, nomeadamente para o funcionamento dos mercados agrícolas mundiais. Mas ficaram ainda os receios de que a reforma não contemplava os desejos dos agricultores, porque não correspondia à concretização dos princípios anteriormente enunciados pelo Governo. Em suma, ficou a frase: 'premeia-se quem abandona e penaliza-se quem investe'.
4 a 7 FEVEREIRO 1993
Por estes dias decorreu, no Hotel das Termas do Luso, o II Seminário para Dirigentes Associativos, sob o tema: 'A Agricultura Portuguesa Face à Aplicação da Reforma da PAC e ao Acordo do GATT, suas Consequências e Perspetivas'. Portugal estava, neste ano, a terminar o período de transição e as debilidades eram enormes em todos os sectores agrícolas. A agravar a situação estava a crise económica inesperada que atravessava a Europa e o ano de seca que tinha sido 1992 e do qual ainda não se havia recuperado. Consequência desta conjuntura, as associações de agricultores da Beira Alta decidem manifestar-se na cidade da Guarda.
18 MAIO 1993
Para analisar toda a situação de crise vivida, a CAP realiza uma importante conferência de imprensa nas suas instalações. Nele foi feito um balanço dos sete anos que havia já que Portugal estava na Comunidade Europeia, sem que se vislumbrasse uma saída para a crise no sector.
23 NOVEMBRO 1993
Neste dia foi inaugurada a nova e atual sede da CAP, sita na Rua do Colégio Militar, em Benfica. Para trás ficava, assim, um já longo percurso entre Rio Maior e Lisboa, onde a CAP foi tendo várias sedes, procurando melhorar as suas condições de trabalho.
4 DEZEMBRO 1993
Depois da inauguração da nova sede, realizaram-se eleições para os Órgãos Sociais da CAP. E a alteração dos Estatutos - um acontecimento importante na vida da Confederação - que conferiu maior flexibilidade e transparência às decisões emanadas dos Órgãos Diretivos. Eleita para o triénio de 1994/96, a Direção, de que é presidente o professor Rosado Fernandes, passará a funcionar como Plenária e Executiva.
1994
Vários congressos regionais foram ocorrendo ao longo deste ano, com a colaboração das várias Federações, Associações e Cooperativas. Mas foi também neste ano - ano de eleições ao Parlamento Europeu - que Portugal teria o seu primeiro candidato agricultor. Tratava-se do próprio professor Rosado Fernandes que aceitou ser candidato pelo CDS-PP, 'na condição de independente, de agricultor e de europeu'. Era então o segundo da lista logo atrás do presidente do partido, Manuel Monteiro.
9 JUNHO 1994
Ainda neste ano teve lugar mais um importante evento, desta vez foi a realização do Seminário 'A Agricultura, a Floresta, a Economia e o Futuro'. A CAP promoveu este encontro em Santarém com os mais prestigiados especialistas neste sector.
2 FEVEREIRO 1995
Celebrou-se neste dia um importante acordo entre a CAP e a Banca portuguesa, com o objetivo de os agricultores auferirem de condições especiais de crédito. Depois de um ano com altas taxas de juro, em 1994, a CAP decidiu tomar nas suas mãos as negociações necessárias junto das entidades bancárias que se mostraram recetivas na concessão de créditos à agricultura. Da negociação resultou uma linha de crédito especial com uma taxa de juro de 13 por cento.
1995
Na Feira Nacional de Agricultura desse ano também a Floresta passava a estar representada. Foi na XXXII edição em Santarém. Este seria ainda um ano de eleições legislativas donde sairia vencedor o Partido Socialista e o eng. António Guterres que formaria Governo. A pasta da Agricultura seria entregue a Fernando Gomes da Silva, agricultor e professor universitário.
1995
Com o aproximar do final deste ano, a CAP teria ainda a incumbência de organizar a XXIII Conferência Agrícola e criar estruturas para que se reunissem em Lisboa os presidentes e dirigentes das organizações agrícolas da Europa, América do Norte e Canadá no âmbito das suas participações no COPA.
1 a 2 FEVEREIRO 1996
O novo ano começaria também com uma reunião magna, desta vez a edição do Congresso da Agricultura do Alentejo. Realizado em Évora, o congresso tinha como tema de fundo: 'Que Alentejo para o Século XXI'. O conclave contou com mais de 800 agricultores.
29 FEVEREIRO 1996
'Regadio, Que Futuro' – este foi o tema de um polémico congresso sobre a utilização dos recursos hídricos. De algumas das intervenções foi unanime o facto de que Portugal não se debate com um problema de falta de água, mas o que falta é uma boa e acertada distribuição espacial e temporal e um apoio à Agricultura de Regadio.
11 SETEMBRO 1996
A CAP emitia um comunicado onde noticiava a suspensão da sua participação no processo de Concertação Estratégica, como protesto pelas manobras do Ministério da Agricultura. Mais tarde a CAP voltaria às negociações com o ministério, mas reiterava que se manteria a manifestação de agricultores já marcada para o mês de outubro seguinte em Lisboa.
4 OUTUBRO 1996
Este foi o dia em que teve lugar a grande manifestação de agricultores. 'Onde está aquele amigo que durante anos trabalhou connosco?' - perguntou o professor Rosado Fernandes quando chegou à porta do Ministério da Agricultura, no Terreiro do Paço. Na pergunta referia-se, obviamente, ao agricultor Gomes da Silva, então ministro da Agricultura.
11 JANEIRO 1997
Novas eleições para os corpos sociais, nas quais ficou demonstrada a vitalidade da CAP, pela elevada e ativa participação dos vários dirigentes associativos. Mas neste ano as difíceis relações com o ministro da Agricultura continuariam. A onda de contestação estendia-se por todo o país.
13 a 14 JUNHO 1997
Realiza-se em Santarém o IV Congresso da Agricultura Portuguesa, subordinado ao tema: 'Antecipar o futuro, preparar o presente'. O objetivo principal foi fazer uma avaliação da agricultura portuguesa, numa altura em que se previam alterações importantes e marcantes tanto no contexto político e económico europeu, como no contexto mundial. O congresso foi considerado um êxito.
7 NOVEMBRO 1997
A Confederação mostrava-se mais uma vez contra as propostas da Comissão Europeia sobre uma nova alteração da PAC, contida na Agenda 2000. Considerava-se que essas alterações não resolveriam nenhum dos problemas nacionais, mas antes pelo contrário, agravá-los-iam.
1998
Num novo ano cheio de boas perspetivas, desde logo pelo facto de ser o ano da Expo'98 - em que Portugal estaria em grande destaque na Europa e no Mundo - a CAP lançou várias iniciativas e celebrou protocolos para a constituição de mais centros de formação profissional. Desta vez seria o Centro das Malhadas, no concelho de Miranda do Douro. Mas outras atividades se realizaram nesse ano: uma conferência internacional sobre a Floresta, um seminário sobre a Higiene e Segurança no Trabalho Florestal e uma ação de formação com o tema: 'consequências sobre as técnicas utilizadas ao longo da fileira'.
DEZEMBRO 1998
Foi no último mês deste ano que a CAP deu mais um importante passo no sentido da sua modernização. O portal CAP na Internet passou a constituir um importante veículo de informação para a Confederação e um meio mais rápido de contacto com os seus associados.
1999
O ano das eleições antecipadas na Confederação. Desde a fundação da CAP que os Presidentes da Direção eleitos tinham completado os seus mandatos. Desta vez, o presidente José Andrade, eleito em 1997, não acabaria o seu. O dia 13 de março desse ano foi o escolhido para a realização do ato eleitoral. Venceu a lista 'A' com o professor Rosado Fernandes como presidente da Assembleia Geral, João Machado como presidente da Direção e Luís Mira como secretário-geral. Os atuais dirigentes da CAP.
Além das eleições este foi ainda o mês da Agenda 2000. Logo nos primeiros dias de março o Conselho de Ministros da União Europeia conseguiu um acordo político por 'maioria qualificada', para a reforma da PAC. Enquanto o Governo português considerou os resultados globalmente satisfatórios para Portugal, a CAP fez outra leitura dos desse acordo agrícola. Para a CAP esse acordo traduziu a incapacidade negocial do Governo perante Bruxelas.
15 a 17 MAIO 1999
A CAP participa na delegação portuguesa do IV Fórum de Agricultura Ibero-americana, em Havana, Cuba.
19 JULHO 1999
A CAP convocou os órgãos de comunicação social para uma conferência de imprensa sobre o prolongamento do embargo europeu à carne de vaca portuguesa. Foi manifestado o apoio da CAP à decisão do Governo de colocar a Comissão Europeia em tribunal.
NOV a DEZ 1999
A CAP esteve representada, pelo seu presidente, na Conferência da OMC que se realizou em Seattle, nos EUA.
22 OUTUBRO 1999
Assinatura do Convénio Florestal Ibérico entre a CAP e a ASAJA - Galiza com vista a uma maior colaboração entre Portugal e Espanha e a constituição de um lobby florestal ibérico.
JANEIRO 2000
Portugal iniciou este novo ano com a Presidência da União Europeia a seu cargo, durante os primeiros seis meses de 2000.
7 FEVEREIRO 2000
Renovação do protocolo entre a CAP e a CGD, na continuidade do sistema de crédito bonificado às ajudas da PAC.
31 MARÇO 2000
Cerimónia de assinatura do QCAIII (Quadro Comunitário de Apoio), em Lisboa.
5 AGOSTO 2000
Este foi o dia da publicação, em Diário da República do Decreto-Lei nº 166/2000, relativo ao enquadramento legislativo que cria os órgãos consultivos do Ministério da Agricultura e estabelece os critérios de representatividade das organizações que integram esses órgãos.
4 SETEMBRO 2000
Alteração na representação da CAP em Bruxelas. Neste dia o eng. Agrónomo José Diogo Santiago passou a ser o nosso representante junto da União Europeia.
21 NOVEMBRO 2000
A CAP celebrou, neste dia, o seu 25º aniversário. O lançamento do livro 'Nos Destinos do Sol, da Água e do Vento' foi uma das iniciativas que marcaram a efeméride.
17 MAIO 2001
Teve início neste dia o V Congresso Nacional da Agricultura subordinado ao tema: 'O Agricultor na Sociedade do III Milénio' e contou com a presença do Presidente da República, Jorge Sampaio. Ainda em maio, no dia 28, reuniu, pela primeira vez, o Conselho Superior da Confederação, órgão consultivo criado com base nos Estatutos da CAP.
18 JUNHO 2001
A CAP apresentou ao Provedor de Justiça as suas razões jurídicas para requerer a inconstitucionalidade da modulação.
14 AGOSTO 2001
O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, decretou o estado de calamidade agrícola e anunciou um pacote de medidas de apoio excecionais para os agricultores.
24 SETEMBRO 2001
Tem início em Belfast, na Irlanda do Norte, o Congresso anual da CEA, numa altura de grandes dúvidas sobre a evolução da estabilidade do mundo. Os ataques terroristas a Nova Iorque havia sido dias antes (11 de setembro).
1 OUTUBRO 2001
Entra em vigor o novo Código da Estrada onde se reduz a taxa de alcoolémia de 0,5 para 0,2 gramas por litro de sangue. No dia 26 seguinte, a CAP organizou uma manifestação de agricultores frente à Assembleia da República com mais de dez mil participantes. O motivo eram as consequências negativas para o sector vitivinícola resultantes da alteração da taxa de alcoolémia.
16 DEZEMBRO 2001
Consequência do mau resultado do PS nas eleições autárquicas, o primeiro-ministro, António Guterres, apresenta a sua demissão. São convocadas eleições antecipadas para 17 de março de 2002.
9 MARÇO 2002
Novas eleições para os Corpos Sociais da Confederação. O resultado foi a continuidade do projeto já iniciado no mandato anterior.
6 ABRIL 2002
O Presidente da República, Jorge Sampaio, empossa o XV Governo Constitucional, cabendo a pasta da Agricultura a Armando Sevinate Pinto. Frazão Gomes e Bianchi de Aguiar serão os seus Secretários de Estado.
12 JUNHO 2002
Apresentação do primeiro Portal da CAP, no pavilhão da Confederação na Feira Nacional de Agricultura.
10 JULHO 2002
O Comissário Europeu para a Agricultura, Franz Fischler, apresentou a proposta da Comissão Europeia para a revisão da PAC, defendendo uma 'reforma radical' na política comunitária responsável por cerca de 50 por cento do orçamento da União.
3 OUTUBRO 2002
O Comissário Franz Fischler inicia neste dia uma visita a Portugal, onde veio defender a posição da Comissão Europeia de mudança da PAC. Os agricultores receberam-no com manifestações de contestação. Uma prova da unanimidade da oposição portuguesa à proposta de reforma da PAC.
22 JANEIRO 2003
O Colégio de Comissários aprovou a proposta de Reforma Intercalar da PAC do Comissário Franz Fischler, mantendo os princípios originais.
JUL a AGO 2003
O Verão de 2003 foi catastrófico em matéria de incêndios florestais. Classificado como o pior de sempre. Portugal perdeu 424 mil hectares de floresta. Nessa mesma altura foi aprovada a Reforma Intercalar da PAC.
SETEMBRO 2003
Este foi um mês de luto para a Confederação, José Manuel Casqueiro, seu dirigente histórico, falecia no dia 25 aos 59 anos grande parte deles dedicados à Confederação.
19 NOVEMBRO 2003
As quatro confederações reuniram-se para debater o futuro do associativismo empresarial em Portugal.
22 a 23 ABRIL 2015
A CAP dedica o seu 7º Congresso, realizado no Centro de Congressos do Estoril, ao tema “Agricultura, Europa e Mercados Internacionais”, no ano em que assinala o seu 40º aniversário e num momento particularmente relevante de afirmação do setor agrícola no contexto da economia portuguesa.
24 a 25 NOVEMBRO 2015
Assinalando a data dos seus 40 anos, a CAP realiza em Tomar um Conselho de Presidentes, reunindo a suas associações e a sua estrutura, no Hotel dos Templários, num momento de reflexão sobre a atualidade da agricultura portuguesa.
11 MAIO 2016
A CAP organiza, na Fundação Calouste Gulbenkian, o 1º Roteiro “Visão 2020 Para a Agricultura Portuguesa”, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
21 SETEMBRO 2016
A CAP organiza, na Fundação Calouste Gulbenkian, o 2º Roteiro “Visão 2020 Para a Agricultura Portuguesa”, sobre a temática da “Competitividade a Agricultura Portuguesa”.
29 NOVEMBRO 2016
A CAP organiza, na Fundação Calouste Gulbenkian, o 3º Roteiro “Visão 2020 Para a Agricultura Portuguesa”, com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e dedicado à temática do “Crescimento e Desenvolvimento Económico”.
19 ABRIL 2017
Eduardo Oliveira e Sousa toma posse como presidente da direção da CAP, na sequência da eleição dos titulares dos órgãos sociais da Confederação, nomeadamente mesa da assembleia geral, direção e conselho fiscal, para o triénio de 2017 a 2020.