Apoiar os jovens através da eliminação das barreiras ao acesso à agricultura é fundamental para o futuro da agricultura, afirma a Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural. Os eurodeputados pedem políticas públicas que criem rendimentos justos e dignos e qualidade de vida para os agricultores e as suas famílias como condição prévia para atrair jovens agricultores para a agricultura.
Alertando para o envelhecimento dos agricultores europeus, o relatório salienta a importância da renovação geracional para a sustentabilidade social, económica e ambiental das zonas rurais e do sector agrícola em particular. Em 2020, na União Europeia, apenas 11,9% dos gestores agrícolas tinham menos de 40 anos. Em Portugal, esse número é de apenas 6,4%, estando cerca de metade dos agricultores acima dos 65 anos.
O custo e a disponibilidade de terras, o difícil acesso ao crédito e às medidas de apoio, bem como os requisitos administrativos, como alguns dos principais obstáculos identificados pelos eurodeputados.
Isabel Carvalhais, eurodeputada socialista e relatora do projecto, considera que os obstáculos que os jovens agricultores enfrentam exigem respostas mais fortes por parte das políticas públicas nacionais e europeias, e para as quais este relatório pretende dar um forte contributo. “Um rendimento justo e digno, condições de vida adequadas para os agricultores e respetivas famílias, melhoria do acesso às terras e ao financiamento, são condições básicas para atrair os mais jovens e também novas pessoas para o setor agrícola. É preciso encontrar respostas urgentes para estes problemas e este relatório é fundamental para a definição de futuras políticas de apoio aos jovens e aos novos agricultores que, apesar das dificuldades, continuam a acreditar no futuro da nossa agricultura.”
A resolução sobre a renovação geracional nas explorações agrícolas do futuro na UE irá agora ser votada pelo Plenário do Parlamento Europeu, em outubro.
Fonte: Gabinete da deputada Isabel Estrada Carvalhais