Eventos climáticos extremos e o contexto geopolítico foram temas abordados pela governante pelos grandes desequilíbrios socioeconómicos que provocam no setor, os quais têm ganho um cariz cada vez mais estrutural, ao ponto de se considerar que o impacto que estão a ter no rendimento dos agricultores pode colocar em risco a viabilidade de um grande número de explorações em Portugal.

A ministra Maria do Céu Antunes revelou também que pediu ao comissário europeu “a flexibilização dos instrumentos existentes, nomeadamente, a transferência entre pilares e a possibilidade de mobilizar recursos do Desenvolvimento Rural de forma mais expedita, dando maior previsibilidade e estabilidade no rendimento".

Segundo o comunicado do Ministério, Portugal defendeu também o papel indiscutível da agricultura no alcance das metas europeias no combate ao desperdício alimentar e da neutralidade carbónica.

A ministra Maria do Céu Antunes avançou que, "mais inovação e competitividade nos setores agrícola e florestal devem proporcionar mais rendimento a agricultores e produtores florestais, e são benefícios que acreditamos poder desenvolver com o futuro quadro de certificação da remoção de carbono, a ser regulamentado no âmbito do Pacto Ecológico Europeu".

Ainda para prossecução da Política para a Promoção Externa de Produtos Agroalimentares, a responsável alertou que "a exclusão, discriminação ou criação de critérios que penalizem alguns produtos agrícolas, nomeadamente carnes vermelhas e vinho, são contraditórios com as políticas que têm sido levadas a cabo pela Comissão Europeia nos últimos anos. A promoção do setor do vinho é um instrumento de política que constitui um dos alicerces no sucesso de reposicionamento estratégico do setor do vinho europeu no mundo", considerou Maria do Céu Antunes.


Fonte: Ministério da Agricultura e Alimentação, 23/10/2023