Proposto pelo PS, foi eleito com 170 votos a favor, 53 votos em branco e cinco nulos, numa votação em que participaram 228 dos 230 deputados, conforme divulgou o portal da Assembleia da República. Francisco Assis, de 55 anos, sucede a Correia de Campos que exerceu o cargo desde 2016 e cuja recondução foi rejeitada por duas vezes pela Assembleia da República, em Dezembro e Fevereiro.
No seu primeiro discurso, Assis apelou a uma disponibilidade especial para a promoção de alguns entendimentos e consensos no actual momento de crise e de incerteza. "Estou certo de que há disponibilidade para isso. O apelo ao consenso não é o apelo a um país anestesiado, não é o apelo a um país que fique subitamente reconciliado em torno de qualquer tipo de pensamento único. Mas é justamente o apelo a que, na nossa diversidade, saibamos, pelo menos, falar uns com os outros", declarou o presidente do CES.
O CES é o órgão de consulta e concertação no domínio das políticas económica e social e compete à Assembleia da República eleger o seu presidente para um mandato corresponde ao período de legislatura, que pode ser renovável sem qualquer limitação.
O Presidente representa o Conselho a nível nacional e internacional, para além de presidir e coordenar os seus vários órgãos, designadamente o Plenário, Conselho Coordenador e Conselho Administrativo. Sempre que o entender, participa ainda nas reuniões das Comissões Especializadas e da Comissão Permanente de Concertação Social, sem direito a voto.