As três instituições europeias chegaram a acordo no dia 27 de Novembro, revertendo o corte de 3,9% anunciado por Bruxelas para o POSEI, o programa de apoio às regiões ultraperiféricas que enfrentam desafios específicos devido ao afastamento, à insularidade, à pequena dimensão, à topografia difícil ou ao clima, para além de dependerem economicamente de apenas alguns produtos.
Este resultado “deve-se ao trabalho conjunto da Federação Agrícola dos Açores, Governos Regionais dos Açores e da Madeira, Eurodeputados e também das organizações socioprofissionais de todas as regiões ultraperiferias, tendo existido igualmente, o apoio dos Governos de Portugal, Espanha e França”, afirma o comunicado.
O texto reforça a “sintonia de posições e de interesses” que se revelou fundamental para a defesa dos rendimentos dos Agricultores Açorianos que não podiam aceitar cortes num programa comunitário essencial ao desenvolvimento dos Açores. “Por isso, a Federação Agrícola dos Açores empenhou-se fortemente na preservação e manutenção do POSEI, embora entenda, ser necessário que exista no futuro, um aumento da sua dotação capaz de cobrir os rateios existentes, resultantes da melhoria generalizada que se tem verificado na produção agrícola da região”.
O POSEI [acrónimo do francês ‘Programme d’Options Spécifiques à l’Éloignement et l’Insularité’] integra as regiões ultraperiféricas que integram a União Europeia: Açores e Madeira (Portugal), Ilhas Canárias (Espanha) e Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Reunião, São Martinho e Maiote (França).
Fonte: Comunicado da Federação Agrícola dos Açores, 30/11/2021