Na opinião destas organizações, os decisores políticos da União Europeia ignoraram as principais preocupações dos produtores apesar dos protestos legítimos que têm ocorrido por toda a Europa. “Ao manterem um período de referência que exporá as produções da União Europeia a importações significativas e ao rejeitarem a inclusão do trigo, negaram as principais modificações propostas pelo Parlamento que teriam oferecido proteção suficiente aos nossos produtores e fabricantes”, lê-se no comunicado.

As organizações representativas dos agricultores consideram que as principais alterações da votação do Parlamento Europeu em plenário não foram levadas por diante, conduzindo a um ‘compromisso fraco’ sobre os elementos mais consensuais. “As nossas organizações compreendem a sensibilidade política deste acordo, bem como a necessidade de apoiar a Ucrânia, mas é lamentável que os pequenos, mas importantes, ajustamentos que teriam proporcionado uma solução eficaz para os produtores europeus não tenham sido considerados”.

As organizações referem que apesar da inclusão da aveia, dos cereais e do mel, e o encurtamento do período de ativação possam ser bem acolhidos, “sem a alteração do período de referência em questão de 2022/23 para 2021/22/23, os encargos para o sector agrícola da UE persistirão e o seu descontentamento também.”

“Neste contexto, as nossas organizações não podem apoiar o acordo alcançado no trílogo e apelam aos Estados-membros e ao Conselho para que reflitam seriamente sobre o sinal que estão a enviar aos agricultores e fabricantes europeus”, realçando que esta “falta de atenção para com os produtores pode resultar numa menor aceitação sobre a integração da Ucrânia na UE”.


Fonte: COPA-COGECA