Representantes de Associações de Regantes de todo o país reuniram em Idanha, na Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha (ARBI), para definir a agenda do próximo ano, num momento em que Portugal enfrenta o desafio da preparação do quadro comunitário de apoio que deverá aplicar-se a partir de 2021.
Fatores como o Brexit e as exigências de destinar mais fundos europeus às questões da segurança ou à migração, colocam desafios aos apoios necessários para a competitividade futura da agricultura na Europa.
Atendendo a este contexto, a FENAREG encomendou um estudo à AGROGES, com vista a definir objetivos e propostas para o desenvolvimento de uma estratégia nacional para o regadio até 2050, que deverá estar concluído no primeiro trimestre de 2019, e cujas propostas serão um contributo dos regantes portugueses na definição de políticas públicas de regadio para o período 2020-2050.
O presidente da ARBI, Paulo Cunha, sublinhou a importância do regadio no desenvolvimento da região, realçando a necessidade de intervenções nas infraestruturas dos regadios mais antigos, como o de Idanha que tem mais de 70 anos.
A obra de regadio de Idanha-a-Nova, que abrange uma área de cerca de 8.200 hectares, submeteu um conjunto de projetos de modernização que não foram contemplados nas verbas do atual PDR2020.
Recorde-se que a FENAREG agrupa entidades dedicadas à gestão da água para rega, representando 90% do regadio organizado nacional e abrangendo mais de 25 mil agricultores.