No decorrer dos trabalhos de prospeção oficiais determinados pelo Plano de Ação Nacional para o Controlo da Xylella fastidiosa e seus vetores, os técnicos da Direção Regional de Agricultura do Algarve confirmaram a presença da bactéria numa amostra colhida num lote de plantas de alecrim existentes num viveiro na região da Luz de Tavira e Santo Estevão, tendo realizado um levantamento exaustivo e colhido 122 amostras, cujas análises se encontram a decorrer no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV).
Passados três dias, igualmente no decorrer de prospeção oficial, os técnicos da Direção Regional de Agricultura e Vale do Tejo encontraram a bactéria numa amostra colhida num canteiro de plantas de alecrim existentes num espaço público na região urbana de Massamá e Monte Abraão, concelho de Sintra. Aqui foram recolhidas 44 amostras que também seguiram para análise no INIAV.
Em ambos os casos foram implementadas as medidas fitossanitárias regulamentadas pela União Europeia e estabelecidas Zonas Demarcadas (Zona infetada 50m + Zona tampão 2,5 Km) nas quais decorrem amostragens intensivas a outras plantas susceptíveis à bactéria, assim como a averiguação da existência de insetos vetores.
A primeira confirmação de Xylella fastidiosa em Portugal ocorreu no final de 2018, numa amostra de Lavandula dentata, num jardim em Vila Nova de Gaia. Com quatro variantes, a bactéria pode dispersar-se a longas distâncias através da movimentação de plantas contaminadas, e afeta espécies como a oliveira, amendoeira, cerejeira, citrinos, videira e sobreiros e diversas ornamentais, incluindo lavandas, rosmaninho e loendros.
Fonte: DGAV, Comunicados de 7 e 10 de Agosto 2021