O Instituto Nacional de Estatística divulgou a 31 de Março de 2021, os resultados definitivos do Recenseamento Agrícola 2019, estudo que resulta da recolha de informação entre Outubro de 2019 e Novembro de 2020, um exercício que teve de se adaptar às contingências da pandemia Covid-19.
O Recenseamento Agrícola 2019 (RA2019) permite caracterizar a agricultura portuguesa, com informação regional (e ao nível da freguesia se necessário), bem como analisar a sua evolução na última década e, para algumas variáveis, nas últimas décadas.
Está organizado nos seguintes temas:
1. Estrutura das explorações agrícolas
2. Utilização das terras
3. Rega
4. Efetivos animais
5. Máquinas agrícolas
6. Mão-de-obra agrícola e caracterização do produtor singular e dirigente das sociedades
7. Agricultura Biológica
8. A agricultura portuguesa no contexto europeu
DESTACAMOS ALGUNS DADOS DE CARÁCTER GERAL:
· Explorações agrícolas: abrandamento do abandono da atividade (-4,9% de explorações na última década, por comparação com -26,6% entre 1999 e 2009) e aumento da dimensão média das explorações para 13,7 ha/exploração (em 2009 12 ha/exploração);
· Superfície total das explorações: aumento em mais de 400 mil hectares, ocupando 55,5% da superfície territorial;
· Superfície Agrícola Utilizada: crescimento de 8,1%, alterando-se significativamente a sua composição. Decréscimo de 11,6% nas terras aráveis, mais que compensado pelos expressivos aumentos das áreas das culturas permanentes (+24,6%) e das pastagens permanentes (+14,9%);
· Natureza jurídica: intensificou-se a empresarialização da agricultura, com as sociedades a gerirem 1/3 da Superfície Agrícola Utilizada (27,0% em 2009) e mais de metade das Cabeças Normais (41,1% em 2009);
· Orientação técnica económica: reforço da especialização, tendo as explorações especializadas aumentado 7% e o respetivo Valor da Produção Padrão crescido 49,9%;
· Regadio: aumento de 16,6% da superfície potencialmente regada passando a beneficiar 69,7% dos pomares de frutos frescos, 11,5% dos pomares de casca rija, 31,7% dos olivais e 27,8% das vinhas;
· Mão de obra agrícola (em Unidade Trabalho Ano): decréscimo global de 14,4%, refletindo a redução do trabalho familiar. Em contrapartida, aumento da contratação de trabalhadores assalariados (+ 30,7%).
Documento disponível em:
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes&PUBLICACOESpub_boui=437178558&PUBLICACOESmodo=2
Fonte: Instituto Nacional de Estatística