No final dos trabalhos, a ANPROMIS redigiu um conjunto de conclusões que passamos a divulgar.
1. Os inúmeros aproveitamentos dados ao milho, tenha ele como destino a produção de grão ou a silagem, fazem com que esta cultura seja única.
2. Os produtores nacionais de milho grão vivem um dos seus momentos mais difíceis, motivado pela acentuada e continua quebra da cotação deste produto no mercado mundial, de há quatro anos a esta parte.
3. O nosso país possui um grau auto-aprovisionamento de cereais que se encontra entre os mais baixos da União Europeia, apenas ultrapassado por países como Chipre, Malta e a Holanda, o que coloca em causa a nossa soberania alimentar.
4. O milho produzido em Portugal é, reconhecidamente, de muito boa qualidade pelo que urge valorizá-lo junto da indústria nacional.
5. A recente criação, por parte do Governo, do Grupo de Trabalho que vai definir a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais, constitui para nós produtores de milho grão um sinal de alento que revela a atenção dedicada a esta importante fileira.
6. O sector leiteiro nacional vive uma profunda crise económica pelo que urge aproximar a produção, a indústria e a grande distribuição de modo a valorizar a produção nacional.
7. O organismo interprofissional que existe ao nível do sector leiteiro nacional tem de ser revitalizado em prol da competitividade desta importante fileira.
8. A agricultura de precisão e o investimento em novas tecnologias, constitui uma aposta fundamental à competitividade, tanto dos produtores de milho grão, como de milho silagem.
9. A seca extremamente severa que assola o nosso país, sobretudo no Centro e Sul, representa para os produtores nacionais um motivo de enorme preocupação, pois coloca em causa a sobrevivência de um elevado número de explorações agrícolas e agro-pecuárias.
10. A ANPROMIS, enquanto representante da agricultura de regadio, solicita desde já ao Ministério da Agricultura que defenda de forma decidida o investimento em novas infra-estruturas de retenção de água nas principais regiões agrícolas do país.
11.Numa altura em que a falta de água se agrava a cada dia que passa, importa o Ministério da Agricultura assegurar desde já as condições para o recebimento das Medidas Agro-Ambientais aos agricultores que por motivos da seca, não consigam instalar as suas culturas.
12.O milho, como nenhuma outra cultura em Portugal, mobiliza pessoas e dinamiza iniciativas como foi bem notório durante este colóquio.