No dia 2 de março foi a vez da região do Ribatejo e Oeste se manifestar contra a política do Ministério da Agricultura, na quarta ação de protesto promovida pela Confederação dos Agricultores de Portugal.
Mais de 60 organizações, 320 tratores e 2000 agricultores invadiram as ruas da cidade naquela que é a maior manifestação de agricultores que alguma vez desfilou nesta cidade do distrito de Leiria. “Estão aqui muitos agricultores que estão a ser maltratados pelo Ministério da Agricultura e todas estas máquinas significam a indignação no mundo rural”, afirmaram os presentes. “É o desespero é que nos leva a esta manifestação”
O secretário-geral da CAP lembrou que este é o ano em que entra em vigor uma ‘nova‘ PAC, com muitas regras e legislação nova, sem que o Ministério tivesse promovido as fundamentais sessões de informação. Ao invés, preferiu arrancar ontem com a Campanha. Por isso “hoje, mais de 80% dos agricultores não conseguem preencher o pedido” de candidatura. “O Ministério não ouve nem trabalha com o sector. Não tem capacidade para executar os fundos que estão disponíveis para Portugal”, afirmou Luis Mira.
O presidente da CAP voltou a insistir na má decisão de extinguir as Direções Regionais de Agricultura e da passagem das suas funções para as CCDR, como uma medida destinada a destruir o Ministério “E a própria ministra que encabeça essa destruição”, reforçou Oliveira e Sousa.
As ações de protesto da CAP não terminaram e, dentro de uma semana, os agricultores voltam a encontrar-se para mais uma manifestação que terá lugar na cidade de Beja, no dia 9 de março.