Ouvidos os associados, o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, apontou o dedo à burocracia e ao momento errado.
“Há duas conclusões: as medidas vieram aprovadas fora de tempo e carregadas de uma burocracia que não é compatível com a urgência da situação” afirmou.
Referindo-se às medidas específicas para apoio ao abeberamento do gado, Oliveira e Sousa referiu que os processos de licenciamento e de autorização para realizar furos deviam ter sido mais céleres, “além disso as empresas que fazem furos também não são muitas e, por isso, há todo um calendário que é preciso respeitar".
O que é certo é que "dos 15 milhões de euros aprovados para o abeberamento, há 40 mil euros pagos".
Quanto à linha de crédito para apoio à alimentação dos animais foi possível concluir que o excesso de burocracia dificultava de tal modo a iniciativa, que alguns agricultores preferiram obter crédito junto da Banca, fora da medida.
"Quando há uma ajuda de emergência, o tratamento dos processos não pode ser igual aos processos que estão fora da emergência", advertiu o presidente da CAP, adiantando que o problema com a alimentação não está resolvido, "os agricultores gastaram tudo o que tinham, não têm reservas para enfrentar o verão e já não há tempo de fazer crescer as ervas, porque o outono e o inverno já passaram", o que justificaria o reforço das medidas de apoio à alimentação.
Na sequência deste encontro associativo, a CAP vai prosseguir com o levantamento dos problemas e elaborar um relatório de eficiência das medidas para entregar ao ministro da Agricultura, Capoulas Santos.