Luís Mira agradeceu aos agricultores e saudou a solidariedade demonstrada pelos “agricultores do Ribatejo e Alentejo, regiões onde o alimento para animais é pouco”, mas que se uniram para enviar hoje um camião TIR com 40 fardos de 250 quilogramas, num total de 10 toneladas de alimento para animais.
O secretário-geral da CAP reafirmou “nós não fazemos anúncios, mas agimos”. E prosseguiu: “o Estado é rápido a anunciar. Promete, promete, mas é lento a agir.”
No passado sábado, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, aproveitou a deslocação à ExpoMoncorvo, em Trás-os-Montes, para anunciar o reforço de meio milhão de euros de apoio aos agricultores afetados pelos incêndios, para os ajudar na alimentação animal, incluindo a distribuição de açúcar pelos apicultores afetados, com a colaboração das direções regionais de agricultura.
Reiterando o que tem vindo a afirmar nos últimos dias, Luís Mira insistiu na necessidade de “reforçar, salvaguardar e valorizar a capacidade da iniciativa civil, já que há lentidão e toda uma burocracia por parte do Estado que impede os apoios de se concretizarem atempadamente.
Mais uma vez o “movimento associativo funciona com rapidez na ajuda”, voltou a advertir, sublinhando ainda que o “Estado é rápido a anunciar, mas a concretizar não”, além de falar da “ajuda inexistente” face à seca e à guerra na Ucrânia.
O secretário-geral da CAP mostrou orgulho nesta onda de solidariedade “num ano que não é de abundância para os agricultores” e garantiu que na quarta ou na quinta-feira – dia 17 ou 18 de Agosto – será enviado outro camião resultante dos donativos dos agricultores e da ajuda dos transportadores.
Fonte: Agência Lusa, 16/08/22